1 - Cirinho Rio Doce e Lobão
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Lobão e Cirinho Rio Doce distribuindo alimentos |
Lobão e Cirinho Rio Doce fazem show beneficentes juntos em Linhares ES
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Lobão e Cirinho Rio Doce, show histórico |
O cantor Lobão e Cirinho Rio Doce fazem show em Linhares dia 16 de dezembro para as vítimas da tragédia de Mariana (MG) , que afetou a vida de famílias e pescadores Capixabas. Lobão não cobrará cachê e para ver o show basta levar alimentos não perecíveis.
Lobão se apresenta após pedido do amigo Cirinho do Rio Doce,que também irá se apresentar. Cirinho é considerado como sendo o maior cntador do vale do Rio Doce.
“ Fiz uma música para Lobão há alguns anos, ele gostou e começou nossa amizade.Ele se sensibilizou com a situação dos pescadores de Regência e após meu convite não pensou duas vezes e disse-me “senta o pau que estamos juntos nessa”. Mas sem o arquiteto Nilson Freire nada disso seria possível porque ele abraçou a causa. Precisamos de voluntários para trabalhar nas barracas para recolher as doações”, disse Cirinho Rio Doce.
Lobão trará a Linhares o mesmo show em que vem se apresentando com sucesso por todo o Brasil em teatros e casa de espetáculos. Além de músicas novas, o artista canta seus sucessos consagrados,entre eles, “Me chama”, “ Vou Te Levar”, “Décadence Avec Élégance”,“Essa Noite Não” “Revanche” e “Blá Blá Blá... Eu Te Amo (Rádio Blá)”.
Já Cirinho Rio Doce , que há anos fala da degradação do Doce em suas letras, canta suas canções “ Turmalina Turmatilde”,” Nas barrancas do Rio Doce”, “Caboclo pescador do Rio Doce” e “ Rio Doce, Doce Rio”,entre outras.
O evento começa pontualmente às 19 hs e deverão se apresentar artistas da terra, entre eles, Samuel e Felipe. O consagrado artista baiano Pedro Sampaio também marcou presença. São parceiros a Prefeitura de Linhares e a Associação de Moradores de Regência. Para participar como voluntário, email paraartistasdobrasil@gmail.com, com fone de contato.
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Cláudio Nucci |
O show de Cláudio Nucci e Cirinho Rio Doce, com as participações da atriz Global Dri Gonçalves e do repentista Nêgo Aboiadô Cabra da Peste do Nordeste, terá somente 50 ingressos para o público colatinense que podem ser adquiridos no Center Mix, Edifício Galeria Wandereley, no Centro, R$ 30,00. Então, é hora de garantir logo seu ingresso. No carlos Gomes,dia 4 ,na bilheteria doteatro.
O evento, que acontece no Ifes (Escola Agrícola de Itapina), dia 5 de julho, Domingo, às 13 horas, faz parte das comeorações dos 35 anos de Formatura da Primeira Turma de Técnicos em Agripecuária , com as participações dos formandos de 1981 e 1982. A festa começa por volta das 09 hs e contará com churrasco e cerveja geladíssima. ( Pago em separado).
Cirinho do Rio Doce, nascido em Colatina, é considerado pelaimprensa mineira como sendo o maior cantador do Vale do Rio Doce e tráz para Colatina o Projeto O Canto do Vale do Rio Doce, onde já participaram o violeiro Chico Lobo, Vital Farias e Pedro Sampaio. Cirinho é autor de váriossucessos como “ Turmalina”, “ Catadora de café”, “ Caboclo Pescador”, entre outros.
Já Cláudio Nucci é cantor e compositor, nascido em Jundiái , integrou o Boca Livre sendo autor de sucessos como “ Toada”, “ Sapata Velho” e “Quero Quero”. Imperdível e o Diário do Noroeste recomenda.
Cirinho do Rio Doce homenageia com música cidade mineira de Turmalina
Montes Claros - Um resgate
da regionalidade através de temas ecológicos e tradições culturais. É assim o
trabalho do artista capixaba Cirinho do Rio Doce, natural de Colatina (ES). O
cantor, que começou a carreira cantando em festivais por várias regiões do
Brasil, e pelo Vale do Rio Doce, lançou em agosto seu quinto CD, intitulado
simplesmente ''Cirinho do Rio Doce'', apresentando canções como ''Fala Moço'' e
''Trem de Minas'', música que retrata o olhar do artista sobre o trajeto do
trem de Valadares a Vitória. Segundo Cirinho, esse percurso fez parte da sua
adolescência.
Cirinho
é um dos mais talentosos artistas regionais do País,já com 25 anos de estrada .
Suas canções são voltadas para a natureza e as coisas do meio rural. O artista
gosta tanto da natureza que seus filhos se chamam Fauna, Flora, Brisa e Lua, e
suas netas Pétala e Aurora.
Cirinho é o mais talentoso artista regional Capixaba
''O disco Trem de Minas faz parte também da vida dos mineiros e dos capixabas.
São famosas as culinárias e os doces vendidos por ambulantes por onde a
locomotiva passa. Andar nesse trem é passear pela história dos dois estados,
ver seus casarões abandonados e outros preservados'', diz Cirinho. Para o
músico, as mudanças ocorridas na paisagem ao longo do trajeto do trem entre os
dois estados são uma página que deveria ser apagada da história. ''A parte ruim
do longo trajeto é ver muitas casas abandonadas, o que mostra a força do êxodo
rural. Não gosto de passar próximo à divisa dos dois estados, porque o rio Doce
foi desviado. Parece que morreu uma parte de mim, já que eu conhecia o traçado
original'', explica. Contatos:cirinhodoriodoce@gmail.com
A música e os aviões sempre tiveram muito em comum na vida de Beto Guedes. Quando pegou num instrumento ela primeira vez - aos oito anos, em Montes Claros (MG), sua cidade natal - ele não seria capaz de adivinhar que um dia voaria tão alto na carreira de músico. E nem que conseguiria pisar num avião de verdade - seu medo de voar contrastava com a obsessão por aeromodelismo. O tempo livre de Beto sempre foi dividido entre os aviõezinhos de brinquedo e a paixão pelos instrumentos herdada do pai, Godofredo Guedes, músico e compositor, responsável pela maioria dos bailes e serestas de Montes Claros.
O gosto pela música estava diretamente ligado aos Beatles. Em 1964, aos 12 anos, quando o quarteto de Liverpool já era febre no mundo inteiro, Beto, morando em Belo Horizonte, juntou-se aos vizinhos para formar o grupo, The Bevers (com repertório dedicado aos Beatles, obviamente). Os vizinhos, no caso, eram os irmãos Márcio, Yé e Lô Borges. A Beatlemania durou toda a adolescência e ainda incluiu um outro grupo, Brucutus, que animava festinhas durante as férias em Montes Claros. No final da década, mais amadurecidos, Beto e Lô começaram a compor e participar de festivais. Em 1969, quando foram ao Rio participar do Festival Internacional da Canção com a música "Feira Moderna", bateram na porta do conterrâneo Milton Nascimento. A acolhida de Milton não poderia ter sido mais proveitosa. A amizade e a admiração profissional mútua fizeram com que ele convidasse Beto Guedes para participar do antológico LP "Clube da Esquina", de 1971. Tocando baixo, guitarra, percussão e fazendo vocais, Beto começava a ganhar projeção junto com uma turma talentosa, que incluía nomes como Wagner Tiso, Ronaldo Bastos e Toninho Horta.
A safra de novos músicos mineiros era completada por Flávio Venturini, Sirlan, Vermelho, Tavinho Moura, entre outros, que Belo foi encontrar quando decidiu voltar a BH. As gravadoras passaram a abrir os olhos e em 1973 a Odeon resolveu bancar o LP "Beto Guedes/Danilo Caymmi/Novelli/Toninho Horta". A Beto, coube um quarto do disco. Não era muito, mas para ele, era o suficiente. Perfeccionista e naquela altura ainda muito inseguro, não conseguia acreditar no valor de suas músicas, embora a gravadora já lhe acenasse com ofertas para gravar um disco solo. Contato: claudiorochaproducoes@uol.com.br
Beto Guedes (foto:site do artista)
Em entrevista, Ney Matogrosso diz que pede para não usarem Photoshop em suas fotos
Durante conversa com o jornalista Helio Hara e a fotógrafa Marisa Alvarez Lima, o cantor contou que costuma pedir para não usarem photoshop em suas fotos, referindo-se ao programa de computador utilizado para tratar imagens.
O regionalismo de Cirinho do Rio Doce
Em entrevista, Ney Matogrosso diz que pede para não usarem Photoshop em suas fotos
Durante conversa com o jornalista Helio Hara e a fotógrafa Marisa Alvarez Lima, o cantor contou que costuma pedir para não usarem photoshop em suas fotos, referindo-se ao programa de computador utilizado para tratar imagens.
"Não
se pode tirar as marcas do rosto de uma pessoa. Uma vez uma revista veio aqui,
fez a foto e, como nem tocaram no assunto, me esqueci de dizer. Porque sempre
falo: 'Olha, não façam Photoshop'", contou Ney.
Segundo
ele, a pessoal responsável pelo tratamento da imagem deixou seu pescoço
"liso". "Fizeram uma plástica malfeita. Foi abominável. Eu exijo
o direito ao meu envelhecimento", prosseguiu Ney que falou ainda sobre os
40 anos de carreira e de como ampliou a base de público, que hoje inclui a
geração de 20 anos. falecomoney@uol.com.br
Não
se pode tirar as marcas do rosto de uma pessoa. Uma vez uma revista veio aqui,
fez a foto e, como nem tocaram no assunto, me esqueci de dizer. Porque sempre
falo: 'Olha, não façam Photoshop'", contou Ney.
Segundo
ele, a pessoal responsável pelo tratamento da imagem deixou seu pescoço
"liso". "Fizeram uma plástica malfeita. Foi abominável. Eu exijo
o direito ao meu envelhecimento", prosseguiu Ney que falou ainda sobre os
40 anos de carreira e de como ampliou a base de público, que hoje inclui a
geração de 20 anos.
Entrevista com Regis Danese
Entrevista do cantor Régis Danese ao blog Plantão Gospel.Ele falou sobre a música Faz um milagre em mim , seu novo DVD que vai sair esse ano e ainda falou sobre a pirataria, leia abaixo a entrevista.
Plantão Gospel: Antes de começar essa entrevista quero te agradecer por aceitar a dar uma
entrevista ao blog plantão gospel.
entrevista ao blog plantão gospel.
Régis Danese: EU agradeço o carinho e o convite de vocês.
Plantão Gospel: Quanto tempo que você louva ao Senhor e se separou para o ministério?
Régis Danese: Me converti no ano de 2000 e depois de três anos comecei a louvar, me preparei espiritualmente, não queria gravar um cd evangélico mais o chamado foi muito forte.
Plantão Gospel: Qual a igreja que você congrega?
Régis Danese: Assembléia de Deus Missão
Plantão Gospel: Qual o significado da música faz um milagre?
Régis Danese: A música faz um milagre tem uma letra muito forte, católicos, espíritas, evangélicos todos são impactados quando ouvem esta canção, ela é uma oração em forma de canção, tem uma unção sobrenatural, direto do trono de Deus.
Plantão Gospel: Quem compôs a música Meu Isaque e que significado tem pra sua vida?
Régis Danese: Minha esposa Kelly Danese e minha mãe Ziza Danese, esta música nos ensina a ofertar o nosso melhor para Deus, foi aprendendo a dar o meu melhor que Deus tem abençoado grandemente a minha vida.
Plantão Gospel: Quais são os louvores que participaram da sua conversão?E quem canta?
Régis Danese: As músicas antigas são mais espirituais como as do Koinonia, tinha melodias simples e impactantes, a música manancial do Diante do Trono, marcaram minha conversão.
Plantão Gospel: Há quanto tempo se separou do cantor Raí?
Régis Danese: Parei com a dupla Régis e Rei em 1993, depois entrei no Só Pra Contrariar onde fiquei por cinco anos, entrei em 1995 fazendo Backing Vocal e escrevi vários sucessos para o SPC, Daniel, Leandro, Belo e outros. Mais agora muito melhor louvando ao Senhor.
Plantão Gospel: Qual o seu ritmo preferido e para seus cds tem algo pra inovar pela frente em relação ao ritmo?
Régis Danese: Sempre gostei de músicas lentas, sempre coloco músicas agitadas nos meus cds,para buscar a Deus nada melhor do que uma música mais calma, não tenho um ritmo novo ainda, mais se for da vontade de Deus ele vai nos inspirar.
Plantão Gospel: Quando irá lançar um cd novo? Que Título?
Régis Danese: Vais ser um DVD, ainda não tem título e deve ser em agosto ou setembro deste ano.
Plantão Gospel: Nesse próximo DVD você vai fazer alguma parceria com alguém em algum dos seus louvores?
Régis Danese: Sim, vamos gravar um DVD esse ano e vai ter a participações de alguns amigos adoradores.
Plantão Gospel: O que acha dos tempos em que a igreja está vivendo?
Régis Danese: A bíblia nos fala que nos últimos dias o amor de muitos se esfriariam, acho que ainda há muito que se fazer e mudar, mais nos últimos dias estão se rendendo aos pés de Jesus, as pessoas estão carentes de Deus, e de coisas maiores e melhores.
Plantão Gospel: Na atualidade, sabemos que infelizmente a pirataria tem crescido muita em nosso país. Sabemos também que essa indústria da pirataria vem sendo o meio de sustento de muitas famílias. Considerando o aspecto socioeconômico, você teria alguma sugestão para solucionar esse problema?
Régis Danese: É muito difícil de tratar desse assunto, a pirataria tem prejudicado muito o meio fonográfico, quebrando com muitas gravadoras, a bíblia nos ensina a dar a César o que é de César, mais por outro lado tem sustentado muitas famílias sim, fico pensando que a pirataria poderia se unir com o meio fonográfico e entrar em acordo, para que ambas viessem a ganhar, mais quem sou eu pra mudar o mundo, Só Deus pra entrar nessa causa.
Plantão Gospel: Todo mundo tem um sonho, e você tem algum sonho?
Régis Danese: Ver meu filho na Seleção Brasileira na copa do mundo e se destacando em grandes times importantes, fazendo a diferença por onde ele passar.
Plantão Gospel: Agradeço a sua entrevista e pra terminar deixa as suas considerações finais para os nossos visitantes.
Régis Danese: Nunca desista dos seus sonhos, por mais que pessoas tentem te desanimar, vá em frente porque Deus é contigo e a última palavra é a de Deus, Jesus te ama e ele tem uma grande bênção na sua vida, por isso fica firme e aguarda a promessa no tempo de Deus tudo vai se cumprir. Obrigado a todos do Plantão Gospel pelo carinho, que Deus abençoe ricamente!!!
ENTREVISTA
Paulinho Pedra Azul
fala de sua carreira e
de show com
Cirinho Rio Doce
Por Zenilton Custódio
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Paulinho Pedra Azul - maior cantador do Jequitinhonha |
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Cirinho Rio Doce - maior cantador do Vale do Rio Doce |
O cantor e compositor Paulinho Pedro Azul é romântico como músico e
prático e arrojado como produtor. É um dos poucos artistas brasileiros de
grande público que não se rendeu à ditadura das gravadoras, o que lhe permite
manter a integridade do trabalho e ser dono de seu destino profissional.
Com 23 discos lançados, ele começa a divulgar o 24º trabalho em
Linhares, onde se apresenta no dia 30 deste mês, no clube Mata do Lago, ao lado
de Cirinho do Rio Doce e outras atrações.
Os interessados em curtir o show devem fazer a reserva de mesa pelo
telefone 99778 6306 e/ou adquirir os ingressos no Marcelo Joias, em frente a
Lanchonete Caliman, no Centro de Linhares.
Nesta semana, o cantor, escritor e artista plástico Paulinho Pedra Azul
concedeu a seguinte entrevista ao jornalista Zenilton Custódio:
Em junho vai completar 23 anos que eu lhe entrevistei pela primeira
vez, quando você promoveu um show em Nova Venécia. Na ocasião, você tinha 39
anos e 20 anos de carreira, subindo ao palco com o UH, um grupo de rock local
formado por uma turma que lhe cultua como ídolo. Lembra desse show?
Lembro-me muito bem, Zenilton.
Fiz o primeiro show da minha vida na cidade de Nova Venécia, no final de 1973,
numa festa de debutantes, junto com a banda UH. Voltei lá 20 anos depois e
fizemos outro show. Somos amigos até hoje! Olha só o que a música faz!
Na ocasião, nós conversamos sobre vários assuntos e você se queixou
muito do Escritório Central de Arrecadação e Direitos Autorais (Ecad), órgão
que comparou a um jardim zoológico, que “prende os animais, dá aquela
comidinha, mas, não solta os bichos de jeito nenhum”. Mudou alguma coisa de lá
pra cá?
O Ecad evoluiu na captação, mas,
não na distribuição. Como todas as entidades arrecadadoras do país, o órgão
continua com defeitos e injustiças.
Você ainda está fugindo das gravadoras?
As gravadoras é que fugiram de
mim! (risos). Depois de tantos anos independente, fui convidado pela Som Livre
para lançar um disco comemorativo aos meus 30 anos de carreira. Prometeram tudo
e não fizeram nada! Peguei meu tape de volta e segui caminho, como sempre fiz!
Isso virou uma coisa normal na minha carreira musical. Sou independente até
hoje. E sou muito feliz e realizado.
Vamos falar de música. Em 1993 você lançava seu sétimo disco, Uma
História Brasileira, que foi muito elogiado pela crítica. Fale um pouco sobre
sua discografia?
Tenho 23 discos lançados. Agora
em maio lanço o 24º trabalho, e só um não é independente, que é o Jardim da
Fantasia, lançado pela RCA/BMG Ariola, em catálogo até hoje. Uma História
Brasileira é um disco cheio de musicalidade e poesia, onde todos os músicos
tocaram da forma que quiseram, fazendo seus próprios arranjos. Uma liberdade
sem fim!
A gente sabe que seus primeiros trabalhos foram fortemente
influenciados pelo pessoal do Clube da Esquina. Como essa relação funcionou e
se desenvolveu ao longo de sua carreira?
Fui influenciado por Roberto e
Erasmo, The Fevers, Beatles, Os Incríveis, Altemar Dutra, Jackson do Pandeiro,
Gonzagão, Nelson Gonçalves, Fagner, Djavan, Alceu Valença, Chico Buarque etc. O
Clube da Esquina foi a última influência na qualidade musical e nas letras de
Fernando Brant, Márcio Borges, Murilo Antunes e Ronaldo Bastos
Você não frequenta muito a mídia de massa, no entanto tem forte
penetração em ambientes específicos e mais elitizados. Você diria que sua
música, dentro do atual contexto de consumo é elitista?
A minha música é MPB. É uma
música simples, que fala da relação humana, de perdas, encontros e da natureza.
Gosto de compor vários ritmos, pois o Brasil é o país mais diversificado
musicalmente. Vai do ouvido mais simples ao mais sofisticado.
Sua música mais famosa é Jardim da Fantasia, mais conhecida como Bem te
vi. Dizem que você a compôs em homenagem a uma noiva que teria morrido. Foi
mesmo assim?
Jardim da Fantasia (Bem te vi)
foi composta para uma namorada, mas, ela está viva ainda! Inventaram essa
estória e não consigo mudá-la. Virou mito e assim segue por aí nas divulgações.
Em tempos em que estilos como sertanejo e arrocha predominam nas
emissoras de rádio, em que estados brasileiros você encontra mais público para
sua música que tem, digamos, um conceito mais sofisticado?
Meu público cresceu muito desses
anos pra cá. O que me deixa muito feliz! Público fiel, que consome meu trabalho
com muito respeito e amor. Procurei sempre crescer, fazer discos melhores, me
aprofundar mais na poesia, nos arranjos, em função do meu público, que cresceu
junto comigo. Isso é uma bela troca.
Além de músico, você também é artista plástico e escritor. Fale um
pouco sobre isso. Como você concilia essa multiplicidade de talentos?
A poesia é diária na minha vida.
Escrevo todos os dias. São 17 livros lançados. Desde novinho escrevo, pinto e
toco. Sou um apaixonado pela poesia e admiro Mário Quintana e Rubem Alves,
apesar de curtir outros autores como Fernando Sabino e Carlos Drummond de
Andrade.
Como um músico de gosto privilegiado, você poderia nos dar uma dica do
que está rolando de legal na MPB hoje, além de você, claro?
Nós temos cantores e compositores
novos que são ótimos! Da geração de Lenine, Chico César, Celso Viáfora, Tadeu
Franco e Rubinho do Vale até Pedro Morais, Kadu Viana, Déa Trancoso, Consuelo
de Paula e tantos outros. Estamos muito bem servidos de música e poesia de
altíssima qualidade.
Conhece Linhares?
Conheci Linhares muito pouco.
Cantei umas duas vezes aí e em São Mateus e região. Morei em Vitória um ano,
onde concluí o então segundo grau no Colégio Estadual e fiz muitos amigos! Foi
muito importante pra minha vida.
Em Linhares não temos muitas oportunidades de ouvir músicos do seu
nível, apesar de termos em nossa região e município artistas de raro talento.
Por isso, existe uma animadora expectativa que seu show possa estimular o
consumo dessa vertente musical.
Eu também estou muito feliz por
essa oportunidade. Vai ser uma troca de energia muito boa.
Como aconteceu esse intercâmbio com Cirinho do Rio Doce? Vocês já
definiram que música vão cantar juntos?
Eu e Cirinho estamos nos
aproximando agora, como deveria acontecer. Ele é um lutador e um grande exemplo
pras gerações futuras. Talentoso e humilde, como todos deveriam ser. Sinto-me
orgulhoso em dividir o palco com ele e outros amigos.
Ainda está tomando uma cerveja?
Tomo uma cervejinha sempre! Aos
61 anos, ainda me acho um menino. Cuido da alimentação e da saúde em geral.
Quero cantar muito ainda!
O novo disco poderá ser lançado em Linhares?
Está para chegar o novo disco.
São 20 músicas, onde canto com vários amigos. Se não chegar a tempo de lançar
aí agora, volto em outra oportunidade para lançá-lo.
Mande um recado para os linharenses que estão
ansiosos para ouvi-lo no show do dia 30.
Expectativa enorme para conhecer
mais pessoas que se interessam pelo meu trabalho. Vai ser uma noite muito
bonita. Abraços em todos e muito agradecido a você, Zenilton, pela força e o
carinho de sempre.
O regionalismo de Cirinho do Rio Doce
Cirinho do Rio Doce (Cyro Moulin Rêgo) nasceu a 3 de maio de 1962, às margens do Rio Doce, em Colatina, Norte do ES. Desde cedo Cirinho escutava as histórias de pescadores do Rio Doce o que serviu mais tarde para inspiração de suas musicas. Desde cedo era apaixonado pela música, mas a sua musicalidade surgiu a partir de 1978 quando começou a dedilhar o violão e a dar os primeiros passos participando em seguida de festivais de musica e a cantar em bares do Norte Capixaba.
Participou, em Vitória, do histórico grito de Diretas Já, em apresentação na Praça Costa Pereira, juntamente com outras artistas da terra. Naquela época, participou de vários projetos musicais na capital tocando no Teatro Carlos Gomes, Circo da Cultura, Projeto Seis e Meia e no teatro da Ufes. No Circo da Cultura percorreu o Estado levando sua música e seu som. Seu maior sucesso até hoje é " Cavaleiro Errante", em parceria com Luiz Antônio Garcia, de Mantena (MG) e “ Doce Rio, rio doce”, de sua autoria.
Militante de alguns movimentos sociais, Cirinho do Rio Doce foi um dos primeiros artistas a levantar a bandeira do controle da natalidade no Brasil (CN). Além de cantor e compositor, Cirinho é jornalista tendo trabalhado para grandes jornais . Além disso, ainda é escritor e pintor abstrato. Contatos: cirinhodoriodoce@hotmail.com .
Um resgate da regionalidade através de temas ecológicos e tradições culturais. É assim o trabalho do artista capixaba Cirinho do Rio Doce, natural de Colatina (ES). O cantor, que começou a carreira cantando em festivais por várias regiões do Brasil, e pelo Vale do Rio Doce, lançou em agosto seu quinto CD, intitulado simplesmente ''Cirinho do Rio Doce'', apresentando canções como ''Fala Moço'' e ''Trem de Minas'', música que retrata o olhar do artista sobre o trajeto do trem de Valadares a Vitória. Segundo Cirinho, esse percurso fez parte da sua adolescência.
''Trem de Minas faz parte também da vida dos mineiros e dos capixabas. São famosas as culinárias e os doces vendidos por ambulantes por onde a locomotiva passa. Andar nesse trem é passear pela história dos dois estados, ver seus casarões abandonados e outros preservados'', diz Cirinho. Para o músico, as mudanças ocorridas na paisagem ao longo do trajeto do trem entre os dois estados são uma página que deveria ser apagada da história. ''A parte ruim do longo trajeto é ver muitas casas abandonadas, o que mostra a força do êxodo rural. Não gosto de passar próximo à divisa dos dois estados, porque o rio Doce foi desviado. Parece que morreu uma parte de mim, já que eu conhecia o traçado original'', explica.
Cirinho do Rio Doce (foto:site do artista)
Carlos Papel autor de Sol da Manhã
Carlos Papel (foto:site do artista)
O novo CD de Carlos Papel intitulado “Fora do Eixo”, que faz uma homenagem ao nosso Estado e nossa gente será lançado primeiramente na França, na cidade Celles sur Belle, dentro da programação do 3º Festival L’Espírito Poitou (Brasil-França), de 18 a 21 de agosto.As melodias e letras do novo álbum Fora do Eixo são agradáveis de ouvir, dançar e principalmente celebrar a alegria de “ser capixaba”.
Fora do Eixo traz 13 faixas musicais, sendo 12 inéditas e uma releitura da consagrada Chão de Estrelas,composição de Silvio Caldas e Orestes Barbosa. Papel mescla MPB, elementos do rock, samba, música medieval, funk e programações de sampler.
A produção do CD é independente e a distribuição será feita inicialmente pelas lojas de conveniência dos postos de combustíveis da Rede Marcela.
O conceito da capa baseia-se na história da chegada dos portugueses ao Espírito Santo, com fotografias de Humberto Capai e tendo como fundo um mosaico de autoria do artista plástico capixaba Celso Adolfo.
As 13 faixas de Fora do Eixo estão disponíveis para ouvir no My Space: http://www.myspace.com/carlospapel1 . Para fazer o download da música “100%” acesse http://www.youtube.com/watch?v=tSzy5cYWMe8 .
Carlos Bona, o fenômeno da música Capixaba
Carlos Bona (foto:site do artista)
Compositor e cantor, natural de Jardim América/Cariacica / ES, de estilo musical popular eclético com participação em 17 registros fonográficos, entre discos individuais e coletâneas (10 vinis e 7 Cds). Em seus discos, através de vários ritmos, tem mostrado seu romantismo e ressaltado aspectos culturais históricos, geográficos e religiosos do Estado do Espírito Santo, mostrando a sua versatilidade como compositor.
Breve histórico artístico :
Foi embalado pelos acordes da Jovem Guarda, durante a sua juventude e residindo no bairro Nossa Senhora da Penha / Vila Velha - ES, que Carlos Bona deu início, no final dos anos 60, ao seu projeto artístico, fundando, junto com o amigo Roberto Rosemberg a banda de baile “ Os Intrusos ”. Teve uma breve passagem pelas bandas Os Invasores, Les Amis e Sambrasa. Como autor, concorria nos Festivais de Música Popular do seu Estado e com o sonho de se tornar cantor também participava regularmente dos programas locais de televisão tais como: ME Show (Mauro Pitanga & Eleisson de Almeida), Paraíso Infantil (Boris Castro) e Programa Esdras Leonor; todos na TV Vitória/ES. A convite do apresentador de TV e Jornalista Boris Castro, representou o Espírito Santo no programa Sílvio Santos (TV Globo-SP) em 1971.
Em 1979, residindo em Vitória/ES, fundou com Homero Martins"Guru", Paulo Neto e Fábio Teixeira o grupo "Paiol", com uma proposta musical inspirada no estilo Barroco. Em 1981, em carreira solo, ingressou no disco como premiação no IIIº Festival de M. P. Capixaba, em Vitória/ES, com a música Capoeira, História e Magia, Em 1982, Carlos Bona grava e lança o seu maior sucesso: “Lêro,lêro”. Como curiosidade, essa música foi composta dentro de uma sala de aula da antiga ETFES, hoje IFES, para ser apresentada na formatura dos alunos, no final do ano de 1979. Foi também apresentada no Festival de Música Popular Brasileira de Alegre/ES em 1980, recebendo o prêmio de música mais popular do festival. Em 1985, compôs o tema de final de ano da Tv Gazeta/ES, intitulado " Por um mundo de paz", no qual participaram das gravações: Lula d Vitória, João Pimenta e Banda Woops.
Em 1989, Carlos Bona lança pela gravadora Copacabana(SP) o álbum “ Lembranças e Saudades”, tendo aparecido várias vezes em rede nacional através do programa do Bolinha (TV Bandeirantes/SP). Em 1993 Carlos Bona, compôs o hino do Vitória F.C. Em 2000, Carlos Bona compôs uma das suas maiores obras: a música/hino Nossa Senhora da Penha que descreve a tradicional Romaria dos Homens datada de 1958, que sai todo ano da Catedral metropolitana de Vitória, percorrendo por volta de 16Km até o Santuário de Nossa Senhora da Penha localizado em Vila Velha/ES. Em 2001, lançou pela gravadora Paulinas / COMEP de São Paulo, o CD “ Existe um caminho”. em nível nacional e em processo de divulgação, se apresentou nas TVs: Canção Nova(RJ) e Rede Vida de Televisão(SP), nos programas: “Viver e Conviver” com Marisa Monforte , “Palavras que não passam” com Pe Zezinho e “Universo em Canção”, com o grupo Cantores de Deus. Em 2005, a convite do jornalista Carlos Tourinho, Carlos Bona compôs o tema musical para o documentário: "Espírito Santo Solidário", do qual participaram como convidados, os cantores Alexandre Lima & Amaro Lima(Banda Mahnimal), Renato Casanova & Tiago Trigo (Banda Casaca), Lula d"Vitória, Tati & Matê (Banda Crivo) e Marcela Lobo. O Vídeo faz parte de um DVD documentário que foi exibido no programa "Painel de Domingo" da TV Gazeta/ES. Carlos Bona se coloca entre os artistas capixabas, que mais discos têm lançado regularmente no período 1981/1992). Como compositor teve parcerias com ilustres colegas como: João Viola, Paulo Debétio, Ivan Reis, César Augusto, Carlos Papel e João Pimenta. É de conhecimento geral que Carlos Bona já atravessou fronteiras levando a cultura capixaba para outros Estados através de suas composições. Carlos Bona nasceu em Jardim América/Cariacica/ES, mas passou a maior parte da sua infância e juventude residindo no município de Vila Velha nos bairros Glória e Nossa Senhora da Penha, transferindo-se para Vitória, em meados da década de 70 onde teve uma feliz estada que durou 30 anos. Atualmente reside na Barra do Jucu / Vila Velha/ES.
João Pimenta, o gênio
João Pimenta (foto:site do artista)
JOÃO PIMENTA, sempre registrou em seus trabalhos, já editados, a preocupação com a cultura local e com o fortalecimento do regionalismo da música que é feita no Espírito Santo. Em 1983, lançou “CANÇÃO BRASILEIRA”, que tocou bastante no Espírito Santo, em Minas e Bahia. Em 1985, lançou “FLOR DA MAGIA” e em 1986, “IANOMAMI”, um tributo à tribo indígena mais primitiva do Brasil. Em 1987, foi à vez do primeiro LP - Vinil “SEGREDO DOS CRISTAIS”. Destaque para a valsa “NAS ASAS DE UM COLIBRI” composta para o ecologista AUGUSTO RUSCHI. Com esta música JOÃO PIMENTA participou de programas de TV`s como SOM BRASIL-REDE GLOBO-SP, ARRUMAÇÃO com Saulo Laranjeiras-TVE-MINAS e ainda foi interpretado pela Orquestra Sinfônica do Espírito Santo com regência do maestro Leonardo Bruno.
Em 1992, PIMENTA lançou o primeiro CD de música Capixaba “MOQUECA”, botando definitivamente a nossa música na era digital. O samba “MOQUECA” (João Pimenta & Carlos Papel), deu nome a programa de rádio, foi gravado no CD da banda da Polícia Militar-ES, uma das maiores escolas de músicos do nosso estado. Recentemente a rede GLOBO-Rio, utilizou esta música como fundo musical no programa GLOBO RURAL.
Em 1998, lançou o CD-ORQUÍDEA, em homenagem ao Espírito Santo o maior produtor de Orquídeas do País. Em 2003, lançou o CD-ROSA AZUL (Xote, Xaxado,baião e congo).
E em 2008, Pimenta faz mais uma homenagem ao Espírito Santo com o CD-TORTA CAPIXABA, onde poderá ser ouvidas músicas como “ÁGUA DE MORINGA” com uma citação ao Rio Jucu. “MINHA VILA”, dedicada a Vila Velha, “ARIBIRI” com seus personagens populares, uma regravação de “MOQUECA” com a participação especial de Carlos Papel e “CANÇÃO BRASILEIRA” com participação do Grupo Moxuara. O CD-TORTA CAPIXABA, poderá ser adquirido no dia do show na Estação Porto e no site do artista www.joaopimenta.net.
Com este disco e devido a uma lesão por esforço repetitivo(LER) no cotovelo, João Pimenta anuncia a sua aposentadoria na vida pública da música que é feita no Estado. Shows, entrevistas em rádio e televisão não farão mais parte da sua agenda. O artista atuará somente como compositor e abrirá raros precedentes, somente para projetos que sejam de suma importância para a música que é feita no Espírito Santo.
O cearense e irresistível Ednardo
Ednardo (foto:site do artista)
José Ednardo Soares Costa Sousa (Fortaleza, 17 de abril de 1945), conhecido como Ednardo, iniciou a carreira na década de 1970 ao lado de seus conterrâneos Fagner, Belchior e Amelinha. O clã ficou conhecido como "Pessoal do Ceará". Ednardo é compositor e autor de mais de trezentas e cinquenta obras e canções, entre as quais a canção "Pavão Mysterioso", tema da novela Saramandaia. Letra e música realizada no tempo da repressão e ditadura militar no Brasil. Gravada em 1974 e o grande público teve conhecimento em 1976, após a música ser incluida como abertura da novela/folhetim eletrônico Saramandaia.
Esta música possui mais de 20 (vinte) regravações, é considerada sagrada pelos Indios do Xingú nos rituais religiosos, tem regravações na Europa orquestrada por Paul Mauriat; por grupos chilenos - Inti-Aymará e Nacha, por Elba Ramalho, Ney Matogrosso, por bandas de Rock e Maracatús e muitos outros.
A composição seria mais tarde adotada como hino do orgulho gls[carece de fontes?]. Também utilizada por outros tantos como hino à liberdade, a beleza humana e sua capacidade de realizar a vida acima das aparentes impossibilidades. Todos estes fatos ampliam a música em todos parâmetros,.e a coloca como uma das fundamentais na obra de Ednardo, junto a outras,tais como: Terral; Ingazeiras; Beira-Mar; Artigo 26; Enquanto Engoma a Calça, Longarinas; Imã; A Manga Rosa; Flora; Carneiro; etc; Formando um precioso conjunto de obras deste artista.
Ednardo é casado com Rosane Limaverde com quem tem quatro filhos: Joana Limaverde, Júlia, Gabriel e Daniel
Xangai, o Gogó de Luva de Garça da
Eugênio Avelino, popularmente conhecido como Xangai, nasceu em Itapebi em 20 de março de 1948 é um cantor, compositor e violeiro brasileiro.
Nasceu na zona rural do município de Itapebi, às margens do Rio Jequitinhonha, no extremo sul da Bahia. Aprendeu a cantar com vaqueiros e cantadores da região, influência que permeou sempre a sua obra. Filho e neto de sanfoneiros, teve seu primeiro disco, "Acontecivento", lançado em 1976 pela gravadora CBS, mas depois seguiu uma carreira independente, desvinculada das grandes gravadoras.
Cantador, trovador, violeiro, gravou, além dos discos individuais, um em parceria comRenato Teixeira e dois volumes do disco "Cantoria", resultado de um show ao lado deElomar, Vital Farias e Geraldo Azevedo realizado em 1984. Com sua voz penetrante e muito característica, interpreta composições próprias e adaptações do folclore nordestino, em ritmo de Xote, Cocos e Toadas.
Elomar,o talento do velho bode
Elomar (foto:site do artista)
Nasceu Elomar na Fazenda Boa Vista, pertencente aos seus avós, Sr. Virgilio Ferraz e Sra Dona Maricota Gusmão Figueira.
A formação protestante foi herdada da família. Passagens do Velho Testamento estão sempre presentes nas letras de sua obra, como na música "Ecos de uma Estrofe de Abacuc".
Seus pais eram o Sr. Ernesto Santos Mello, filho de tradicional família da zona da mata de Itambé, Bahia e a Sra. Dona Eurides Gusmão Figueira Mello. Tem dois irmãos Dima e Neide.
Dos três aos sete anos de idade, viveu na cidade de Vitória da Conquista, passando depois a morar nas fazendas de seus parentes como a Fazenda São Joaquim que tanto lhe inspirou músicas, a as Fazendas Brejo, Coatis e Palmeira.
Estudou entre o sertão e a capital e mais tarde, formou-se em Arquitetura pela Universidade Federal da Bahia, no final da década de 60. Teve uma passagem rápida também pela Escola de Música dessa Universidade.
Casado com Adalmária de Carvalho Mello, pai de Rosa Duprado, João Ernesto e do maestro João Omar.
Elomar prefere viver a maior parte do seu tempo nas suas fazendas. A Fazenda Gameleira, que ele chama de Casa dos Carneiros, imortalizada na música Cantiga do Amigo, localizada a 22 Km de Vitória da Conquista, na Fazenda Duas Passagens,que se localiza na bacia do Rio Gavião, e na Fazenda Lagoa dos Patos, na Chapada Diamantina.
Elomar, assim como Glauber Rocha e Xangai, é descendente direto do Bandeirante e Sertanista João Gonçalves da Costa, fundador em 1783 do Arraial da Conquista, hoje a cidade de Vitória da Conquista.
Orlando Celino, pintor conquistense e único que Elomar permite retratá-lo, recebeu em 2003, encomenda para pintar um quadro de João Gonçalves da Costa que iria integrar ao monumento de Jacy Flores, em Conquista. Não existindo gravura deste personagem histórico e Elomar como descendente, permitiu que as suas feições fossem usadas para a representação deste ancestral, negro. Este quadro está hoje, na Casa Régis Pacheco, em Vitória da Conquista, um museu político e casa de eventos inaugurado em 05 de abril de 2007.
De 2000 a 2004 viveu na pequena cidade de Lagoa Real, contratado pela Prefeitura local, para formar um coral e criar um projeto de ópera sertaneja.
Rubinho do Vale, o Mestre cantador
Tunay - O príncipe das belas canções
Carlos Felipe
Jornal Estado de Minas 30/04/1996
Tinha que ser Rubinho do Vale. Desde o início de sua carreira, quando largou a universidade para se dedicar à música, ele vem pautando sua carreira por alguns princípios básicos. E um deles é que o artista não pode ficar dissociado da realidade do seu mundo e do instante que está sendo vivido.
Em suas apresentações e discos, Rubinho se mantém fiel à realidade, à cultura e ao pensamento, quase sempre não dito, do seu povo. É só olhar, por exemplo, músicas como “Trem da História”, Viva o Povo Brasileiro” e Violas e Tambores” para se ter a certeza de que este objetivo está sempre presente no cantor-compositor. Mesmo que de forma inconsciente o que, aliás, torna o fato mais importante.
Agora, porém, Rubinho realiza um trabalho maior e, desta feita, de maneira consciente. Está lançando seu novo cd, sob o título “Justiça e Paz se abraçarão”. Não por coincidência , tema também da Campanha da Fraternidade de 1996, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Nele está um pouco deste trabalho-símbolo dos tempos que estão sendo vividos pelo povo brasileiro.
Apesar das necessidades populares continuarem sendo fortes. E os exemplos estão no Movimentos dos Sem Terra, na Campanha do Betinho, no drama dos meninos de rua, no número de excluídos sociais. Tema é o que não falta. Mas, por razões que cada artista é que sabe, isto foi deixado de lado. O resultado é que espaços foram ocupados por outros tipos de mensagem, alguns na base do besteiros, outros do non sense e , finalmente, até pelo alheamento total.
Paulinho Pedra Azul,
o cantador da fome dos excluídos
Paulo Hugo Morais Sobrinho, o Paulinho Pedra Azul, é um cantor, poeta, artista plástico e compositor brasileiro.
Nascido em Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, no dia 04 de agosto de 1954.
Além de músico, também é autor de 200 telas a óleo e acrílico e de 15 livros.[1]
Sua carreira artística teve início por volta dos 13 anos de idade, inicialmente com as artes plásticas. Enveredando pela música participou de um conjunto chamado “The Giants”, em que trabalhou com Rogério Braga, Mauro Mendes, Marivaldo Chaves, Salvador, Edmar Moreira e André, interpretando canções dos Beatles, The Fevers, Os Incríveis, Erasmo e Roberto Carlos, dentre outros.[carece de fontes]
A partir do final dos anos 1960 participou de festivais regionais de música e de poesia, tendo realizado inúmeros shows em cidades do interior de Minas Gerais. Nos anos 70, mudou-se para São Paulo onde morou por dez anos, período no qual trabalhou com o cantor, humorista e ator Saulo Laranjeira, também oriundo de Pedra Azul. Retornou depois para Minas, se fixando em Belo Horizonteonde até hoje reside.
Durante o tempo em que viveu em São Paulo gravou seus três primeiros discos. O LP de estréia fez grande sucesso com a canção que lhe dá o título: "Jardim da Fantasia", popularmente conhecida como "Bem-te-vi".
Com um estilo que varia do romântico à MPB, fortemente influenciada pelo Clube da Esquina, e com algumas composições de chorinhos, Paulinho Pedra Azul tem 21 discos gravados, a maioria deles independentes, tendo vendido cerca de 500 mil exemplares de toda a sua obra. É também autor de 200 telas a óleo e acrílico e de 15 livros, dentre eles “Delírio Habanero - Pequeno Diário em Cuba”, escrito durante visita à ilha de Fidel Castro.
Apesar de não ser um constante freqüentador da mídia de massa, Paulinho Pedra Azul consegue ser conhecido por um segmento específico que envolve principalmente universitários. Pesquisa feita pela AMAR (Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes), o destacou como o segundo cantor mais conhecido de Minas Gerais, perdendo apenas para Milton Nascimento.
A sua canção mais conhecida é "Jardim da Fantasia", que, segundo o próprio Paulinho, á apelidada de Bem-te-vi. A música teria sido feita para uma noiva falecida do compositor, mas ele nega isto.
Pereira da Viola e
seu tempeiro regional
Pereira da Viola é um cantador, violeiro e compositor brasileiro nascido em Teófilo Otoni, nordeste de Minas Gerais e que faz pesquisas da cultura popular pelo Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres do Brasil, mas ricas em diversos tipos de manifestações culturais.
seu tempeiro regional
Pereira da Viola é um cantador, violeiro e compositor brasileiro nascido em Teófilo Otoni, nordeste de Minas Gerais e que faz pesquisas da cultura popular pelo Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres do Brasil, mas ricas em diversos tipos de manifestações culturais.
Tunay - O príncipe das belas canções
Cantor. Compositor. Neto de árabes. Filho de Daniel Mucci e Maria Auxiliadora de Freitas Mucci. Com a mãe (Dona Lilá) - criadora e participante de um grupo de seresta, onde toca violino e mantém um coral de 40 vozes, juntamente com a filha (Auxiliadora) -, aprendeu as primeiras noções de música. A irmã foi crooner no clube de Ponte Nova. Irmão do também cantor e compositor João Bosco. Aos 11 anos, chamou atenção em um festival da Escola Nossa Senhora das Dores, cantando bossa nova. Antes de ir para Ouro Preto-MG (1968) estudar no Escola Técnica Federal (Metalurgia) e depois na Escola de Minas (Engenharia) Tunai participou de mais dois festivais, um em Ouro Preto e outro em Ponte Nova, ganhando o 1º lugar com uma toada em parceria com Tim, seu conterrâneo poeta e as participações de Margareth, sua irmã caçula cantando, de João Bosco e seu quarteto de Ouro Preto (Paulinho, Zé Andrade e Nilberto, assim como o João, todos estudantes de Engenharia) e Tunai no baixo, instrumento que adotou quando tocava no "Mafra Filho e seu Conjunto" que animava as domingueiras dançantes no Pontenovense Futebol Clube, substituíndo o então baixista titular, Jair, que trabalhava no Banco do Brasil e fora transferido da cidade. "Nunca mais me esqueci do case preto com forração na cor azul cintilante de um veludo macio e cheiroso, guardando o Giannini vermelho e branco (as cores do clube) um lindo baixo elétrico que o PFC comprou, exigência minha, pois não conseguia nem segurar direito o baixo acústico do Jair (muito maior do que eu), ainda mais tocar..."
Do Mafra Filho cujo repertório era Bossa Nova, Jazz, Foxtrote, Bolero, Samba etc, naquela formação clássica com Zeli Mafra no Sax e Flauta, Baixo, Bateria (Edinho, que mais tarde viria substituir Lalinho-maravilhoso guitarrista e seu irmão Toninho Vermelhão assumindo a bateria), trumpete (Afrânio), percussão e um crooner negro, elegantíssimo no seu smoking bicolor, gumex no cabelo, cantando muito e ainda por cima chegava no clube numa Harley Davidson, nasceu o JBS (Jovem Brasa), com muito Beatles, Rolling Stones, sucessos da Jovem Guarda, muito Rock e Blues (The Animals) onde a banda se apresentava nos clubes da cidade e boa parte da Zona da Mata, onde normalmente as viagens eram de Trem. Tunai no baixo, Edinho na guitarra, Toninho Vermelhão na bateria (ótimo goleiro também), Tché Tché na percussão e Afrânio Pé Duro na segunda guitarra, era assim.
Em 1977, João Bosco o apresentou ao letrista Sergio Natureza, com quem viria mais tarde a produzir boa parte de sua obra e seus maiores sucessos.
Estreou em 1978, quando Fafá de Belém interpretou "Se eu disser", composição sua com Sergio Natureza. No ano seguinte, Elis Regina registrou, de sua autoria, "As aparências enganam", parceria com Sergio Natureza, no elepê Elis - essa mulher. Tunai gravaria ainda em 1980, pela PolyGram, um compacto simples, produzido por Octávio Burnier, com as músicas "As aparências enganam" e "Trovoada", ambas em parceria com Sergio Natureza. Ainda em 1980 Elis Regina incluiria no disco Saudades do Brasil outra música sua: "Agora tá" (c/ Sergio Natureza). Em 1981, Tunai lançou em compacto simples a música "Adeus à dor", em parceria com Sergio Natureza e gravou seu primeiro elepê, Todos os tons, pela PolyGram. Neste mesmo ano, César Carmago Mariano ganhou o prêmio de melhor arranjo no Festival da Rede Globo, com a música "Adeus à dor" (Tunai e Sergio Natureza). Em1982, Jane Duboc obteve o 3° lugar no Festival MPB Shell da Rede Globo com a música "Doce mistério", outra parceria com Sergio Natureza. No ano seguinte, Tunai gravou o disco Olhos do coração, pela PolyGram. Em 1984, a música "Depois das dez" (c/ Sergio Natureza) foi incluída no disco Delírios e delícias, da cantora Simone. Nesse mesmo ano, Gal Costa gravou duas composições de sua autoria: "Olhos do coração" (c/ Sergio Natureza) e "Eternamente" (c/ Liliane e Sergio Natureza), esta última incluída como tema de novela da Rede Globo, tema de caso especial e ainda na peça "De braços abertos", estrelada por Irene Ravache e Juca de Oliveira. Ainda nesse ano, lançou pela gravadora Barclay-Ariola o disco Em cartaz, com destaque para a música "Frisson" (c/ Sergio Natureza), que ficou conhecida como "A melô do anjo que caiu do céu", incluída como tema da novela "Suave veneno", da Rede Globo. Entre 1985 e 1994, fez vários shows em teatros de todo o Brasil e lançou diversos discos: Sintonia (PolyGram - 1985), Sobrou pra mim (Eldorado - 1988) e Dom (Caju Music - 1994). Todos com sucessos amplamente divulgados em várias emissoras de rádio e incluídos em trilhas de novelas e casos especiais, como "Sintonia" (novela "Tititi" da Rede Globo), "Sobrou pra mim" (trilha da novela "Fera radical", também da Rede Globo), e "Meu amor" (versão para "My love", de Paul MacCartney, incluída em "Despedida de solteiro", da Rede Globo). Entre seus muitos parceiros está Milton Nascimento, que obteve sucesso com a gravação das músicas "Rádio experiência" e "Certas canções". Dos intérpretes de suas composições, constam grandes nomes da MPB, como Gal Costa ("Eternamente" e "Olhos do coração"), Elba Ramalho ("Frisson"), Fagner ("Azul da cor de um blues"), Jane Duboc ("Doce mistério" e "À cores"), Emílio Santiago ("Perdão"), Elis Regina ("As aparências enganam", "Agora tá" e "Lembre-se"), Fafá de Belém ("Na hora exata", "Eternamente" e "Se eu disser"), Zizi Possi ("Numas"), Beto Guedes, Joanna, Sandra de Sá, Sérgio Mendes ("Olhos do coração") e Belchior. Na década de 1990, Ney Matogrosso gravou "As aparências enganam", montando um show homônimo que percorreu com sucesso todo o país. A canção voltou a ser gravada por Beth Calligaris no CD Estrada, lançado pelo selo Geléia Geral. Em 1999, Ivete Sangalo lançou um disco onde interpretou "Frisson". No ano 2000, em comemoração aos seus 20 anos de carreira fonográfica, lançou pela gravadora Jam Music o CD Certas canções-acústico. Nesse disco, gravado ao vivo no Teatro Municipal de Ouro Preto (MG), incluiu sucessos de sua carreira e composições suas que foram sucessos nas vozes de outros cantores, como "As aparências enganam", "Olhos do coração", "Eternamente", "Certas canções", "Rádio experiência", "Sintonia", "Sobrou pra mim", "Meu amor" e "Frisson". O disco contou com as participações especiais de Milton Nascimento, na faixa "As sem razões do amor" (música sobre o poema de Carlos Drummond de Andrade) e de João Bosco, na música "Lobos do mar", em parceria com Márcio Borges. Durante o ano 2000, apresentou-se em vários teatros do país com o show "Certas canções - acústico". Nesse espetáculo, além do repertório do disco homônimo, incluiu também canções inéditas, como "Um dia de verão" (c/ Cláudio Rabelo), "Falando em ti - meu Rio" (c/ Sergio Natureza) e uma homenagem à bossa nova, interpretando "Wave" (Tom Jobim), "Desafinado" (Tom Jobim e Newton Mendonça), "Retrato em branco e preto" (Tom Jobim e Chico Buarque), "Eu sei que vou te amar" e "Chega de saudade", ambas em parceria com Vinícius de Moraes.
Cirinho do Rio Doce e Chico Lobo no show " O canto dos Vales"
Cirinho Rio Doce,maior cantador
do Vale do Rio Doce
Cirinho do Rio Doce e Chico Lobo no show " O canto dos Vales"
Cirinho Rio Doce,maior cantador
do Vale do Rio Doce